Precipitação
Mesmo que chova como sempre quando faz noite em tua casa. E o céu gelado da tua sala me convide a cair de sono pela paz imposta no silêncio da nossa fé. Os quadros continuam fazendo menção as horas que nossos olhos precisam explorar horizontes mortos, pra manter o brilho que resta no mais intimo da nossa espera.
Esperamos um ao outro, com o mesmo tom de voz quase inaudível entre dias nublados, dizendo que não aguentamos. Certamente diríamos mais:
- Sempre existiram cores em algum canto, mas esquecemos, esquecemos como as crianças esquecem seus tesouros entre as décadas, e depois passam a viver tentando lembrar, de algum canto, alguma lembrança empoeirada num lugar seguro fora do seu caminho. -
E se pudéssemos retomar numa direção contrária a essa, e sentíssemos em nossos dedos, a textura de mil coisas que nos encardia de vida e sol. Talvez lembraríamos.
E em qualquer lugar, em qualquer estação, numa casa cheia de rastros, tão cheios da corrente de ar invadindo nossas paredes. Não nos esconderíamos da chuva.
Olá, André!
ResponderExcluirObrigada pela visita! Que texto maravilhoso, quanta sensibilidade. Voltarei sempre!
Boa semana.
Um beijo,
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Oi Dé, desse eu gosto demais. Gosto do jogo de palavras, do ritmo das linhas, tudo muito doce, sussurrado, intenso e cheio de reflexões.
ResponderExcluirSaudades de você Menino
Beijos
Aaaaai que amei! Lindo, provoca sorrisos!
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