Precipitação
Mesmo que chova como sempre quando faz noite em sua casa, e o céu gelado da tua sala me convide a cair de sono pela paz imposta no silêncio da nossa fé. Os quadros continuam fazendo menção as horas que nossos olhos precisam explorar horizontes mortos, pra manter o brilho que resta no mais intimo da nossa espera.
Esperamos um ao outro com o mesmo tom de voz quase inaudível por entre nossos dias, sempre nublados, dizendo que não aguentamos. Certamente diríamos mais:
- Sempre existiram cores em algum canto, mas esquecemos, esquecemos como as crianças esquecem seus tesouros entre as décadas, e depois passam a viver tentando lembrar, de algum canto, alguma lembrança empoeirada num lugar seguro fora do seu caminho. -
E se pudéssemos retomar numa direção contrária a essa que caminhamos por alto em nossa vista, e sentíssemos nos dedos, a textura de mil coisas que nos encardia de vida e sol. Talvez lembraríamos.
E em qualquer lugar, em qualquer estação, numa casa cheia de rastros, tão cheios da corrente de ar invadindo nossas paredes, não nos esconderíamos da chuva.
Muito bom vê-lo de volta Dé...
ResponderExcluirUm Beijo!
Achei bem legal isso aqui. Sei lá, acho que escrevemos mais ou menos parecido. Aparece no POIS É depois e comenta lá. Abraço
ResponderExcluiroohh que coisa linda de se ler...
ResponderExcluirxeroo ai!
Você falando em chuva, em não se esconder da chuva... e a chuva lá fora! :)
ResponderExcluirVOU NESSA! Obrigada por isso :*