quinta-feira, 16 de julho de 2009



Maldito aquele que de alma aberta
Encara o espelho
Que constrange seus temores
Sob a clareza da sanidade

há de necessitar um dia
dos próprios segredos
abraçar o próprio peito
fugindo do mal escondido
a sombra de si

por hora
renda-se à vida
construtora dos abismos e cicatrizes
que sustentam o lixo
à fim de que se reconstrua todos os dias

nunca estar completo
por essa fome

tão infinita quanto ela
não morrer antes do corpo.

3 comentários:

  1. .não morrer antes do corpo.

    demais Ulle!

    ResponderExcluir
  2. gostei do que li por aqui (:

    ResponderExcluir
  3. "Não morrer antes do corpo."

    Que peso tem essa frase!!!
    Belo Poema!
    Realidade explícita!

    Beijo!

    ResponderExcluir

"Não me venha com mais infância"

De todas as infâncias aqui vividas, aqui postadas, aqui lembradas, eu não quero mais lembranças de uma infância. Seja sempre criança, não me venha com infância, infância é coisa de quem já envelheceu. Envelhecer é coisa de coração que vai morrer. Não me fale de infância, aqui somos eternamente esses olhos encantados.