Alzheimer
- Onde estamos?
Beija como na primeira vez, os dois se degustam, ignorando o ambiente. Não, o tempo não importa mais, não como antes, que se lembrava o tempo todo do tempo que não podia perder. Agora nem o tempo mais arquivava sentimentos profundos, o romance prevalecia por ser alma pura ali despencando, roçando no tapete.
- Onde estamos?
A fraqueza da língua mutilando qualquer intenção de resposta, o cérebro não ajudava.
Beijou- a novamente, ela perguntando centenas de vezes a mesma coisa, não havia mais respostas, mas o coração ainda se contorcia no peito, lhes sobrava instinto. Ele não podia responder mais nada, os olhos despencaram, já não sabia diferenciar ela da TV desligada. Sem mais nenhuma reação, o vento frio que atravessava a janela aberta atingiu seu corpo nu, a pneumonia era só um empurrão, caiu duro na sala.
Ela se viu perdida, era tudo muito estranho e inaceitável, aproximou-se do corpo gelado do marido:
- Onde estamos?
"Ela se viu perdida, era tudo muito estranho e inaceitável, aproximou-se do corpo gelado do marido:
ResponderExcluir- Onde estamos?"
Sabe quando você se imagina na "cena"? Foi exatamente nessa parte em que eu me imaginei e parecia tudo tão real aqui na minha cabeça, acho que eu imagino demais.
final alternativo
ResponderExcluir"não sei vc minha filha, mas eu já estou bem longe..."
uaahuahu q bosta
voltei!!! (meu pc tinha pifado)
mas diz ae
qual eh a sua resposta pra essa pergunta
onde estamos??
"Onde estamos!"
ResponderExcluirBela expressão André...
Uma realidade dolorida!
Meu beijo!
Onde vc está no meu mundo, eu sei. Ainda que meus olhos voltem tímidos, eles sempre te espiam.
ResponderExcluirbjos.
Impactante,vc tem muito talento!
ResponderExcluirCadê os textos novos?
ResponderExcluirTristemente belo. A memória nos prega peças, a vida mais ainda.
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