segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

“O Pianista”



Todas as noites
Vens-me fraco
Fugido a açoites
Talhando o naco
Desse ocaso
Que te subtrai
-
Sempre me passeias
As tuas mãos languidas
Em cansaço deixas
Passar-me pesadas
Fedendo a álcool
O que te atrai
-
Dedilha-me rasgando
Cada nota torta
Da solidão traçando
Até a morte, a porta
-
Depois com o fígado
Corroído
Faz-me chorar, imputado
Nosso canto desafinado
Em tua missa.

.

André Ulle

6 comentários:

  1. Existe uma imensidão Difundida
    Fundamentada e Orbitacionada em cada um,
    Mas ainda além disso, existem uns
    que são Não negligentes quanto ao uso
    desse oases!

    Amo-te por Inteiro!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Ah! Como eu adoro este verso, poderia dizer que é o meu preferido de 2008!

    Feliz 2009! bjos.

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  4. Sob cada passo difundo se ornamenta a intrísseca e pesada realidade
    versos tristes tocam a alma

    parabÉns mehlinhO, vc toca a alma com esses versos
    xD
    abrazzzz

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"Não me venha com mais infância"

De todas as infâncias aqui vividas, aqui postadas, aqui lembradas, eu não quero mais lembranças de uma infância. Seja sempre criança, não me venha com infância, infância é coisa de quem já envelheceu. Envelhecer é coisa de coração que vai morrer. Não me fale de infância, aqui somos eternamente esses olhos encantados.